Um cabaré como os de antigamente
Quando for a Paris ( porque se não tem data ainda, tem planos, não é? Quem não tem?)... programe-se. Não pode deixar de ir ao Lapin Agile. Pequeno cabaré no modelo tradicional dos cabarés europeus do início do século 20. È uma experiência única. Há números musicais ( alguns em que canta toda a platéia com o chansonier), de humor, de teatro, de circo.E uma galeria de fotos de encher os olhos, de toda a trajetória do Lapin, inaugurado no final do século 19.
A fachada do Lapin. As parreiras escalam as paredes. Um dos poucos vinhedos domésticos que faziam a paisagem da antiga Paris e que ainda restam
Inverno no Lapin
Foto do cabaré em 1880
Localizado na Rue des Sauces, no Montmartre,tendo ao lado uma vinha pequena como um pequeno jardim doméstico, que produz vinho. Dizem que de boa qualidade, mas não pude provar. Estavam esgotadas as poucas garrafas que produz.
No Lapin não se serve jantar. “Difícil fazer bem as duas coisas num só tempo. Mas há bons restaurantes próximo daqui. Coma um pouco antes de vir” – diz o cartaz da porta. Mas o nome, Lapin Agile ( Coelho Ágil), - diz-se que veio de um prato famoso que inicilamente se servia no cabaré, o Lapin à Gilles. Traduzindo, Coelho à Gilles, ou à moda de Gilles, especialidade do antigo cozinheiro da casa, Gilles.
O Esperto Coelho
Os cabarés europeus reuniam a intelectualidade. Artistas de todas as áreas encontravam-se nos cabarés. Neles nasceram poemas, romances, escolas de pintura e de teatro, tendências musicais e organizações políticas inconformistas, geralmente clandestinas. Espaço democrático, reunia a vanguarda, e muitos aristas fizeram nos cabarés a sua estréia, seu debut. Outros fizeram nos cabarés toda a sua carreira, e foram condenados ao desemprego e à fome, quando o Nazismo fechou grande parte desssas casas de espetáculo e perseguiu seus artistas.
Os frequentadores
Au Lapin Agile chegou a ser a mais importante casa no gênero em Paris. Imagine um artista, um cientista, um autor importante, um poeta, que porventura estivesse em Paris nas primeiras décadas do 20, e esteja certo: ele esteve no Lapin.
Página do Livre de Bord du Lapin . Guache do pintor francês Maurice Vlaminck (1876-1958)
Picasso no Lapin Agile
Seu mais famoso frequentador foi Pablo Picasso. Suas noites no Lapin inspiraram o comediante Steve Martin no texto Picasso at Lapin Agile - peça teatral (1993) depois filme, que narra um encontro ficcional entre Picasso e Einstein no Lapin.
Au Lapin Agile - Tela de Picasso
Madeleine, filha do proprietário do Lapin, um dos amores de Picasso que a pintou em inúmeras telas, em obra do pintor
Père Frédé à guitarra. Famoso artista do Lapin do início do século 20. À sua direita, a mesa de Picasso
A localização
Interior. Ambiente
Mas o melhor do Lapin é ter conservado, não apenas seu prédio, seu moiliário e sua vinha. Mas seu ambiente. Nas grandes mesas coletivas, não há como não integrar-se e não fazer novos amigos, depois da terceira caneca de cerveja. E a pltéia canta com o chansonier. Exatamante como naqueles tempos de Pablo Picasso. O Lapin conservou a alma do antigo cabaré.
Este vídeos, feitos por algum videomaker amador, os escolhi para que se possa conhecer o interior do Lapin. E sentir seu ambiente. São curtinhos e fiéis ao que se vê por lá, a cada noite.
muito bom estive nesta rua e não pude ir ao lepin
ResponderExcluirpena mas com seus comentários ajudou muito na proxima irei