O Santeiro do Centroeste

Escultor em madeira e dourador, Veiga Valle nasceu em Pirenópolis, cidade vizinha a Goiás Velho, mas foi na última que viveu, a partir de seu casamento, em 1841, até a morte , em 1874.
Quase analfabeto ( fez o correspondente ao terceiro ano primário), começou como dourador de altares e e em seguida aprendeu a talha, escultura em madeira, e se iniciou como santeiro.
É comparado a Aleijadinho, na importância de sua obra, mas é um pouco mais recente que o santeiro de Minas. Soube, em visita ao museu que leva seu nome, que a obra de Veiga Valle pertence ao final do Rococó brasileiro. Tardio, pois que já então vivíamos na arte o período pré-clássico.
A coleção é pequena ( a maioria das obras do artista está em mãos particulares) mas bastante bonita. E, como na Casa de Cora, também ali não é permitido fotografar.
Veiga teve seu trabalho reconhecido a partir dos anos 40, quando começou a ser catalogado. E muita gente só o descobriu mesmo a apartir da grande exposição Brasil, 500 Anos, a mesma que trouxe o lindo manto tupinambá, de indígenas brasileiros, hoje no acervo do Museu do Homem de Paris.
Seus santos impressionam principalmente pela delicadeza dos traços ( parecem feitos de porcelana) e pelo trabalho de douração dos mantos, em desenhos rendados como filigranas. É um dos orgulhos da cidade de Goiás.






Obras de Veiga Valle - sites de origem Itau Cultural e Cidades Históricas Brasileiras


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