Capa desta edição: Estrada no sertão da Bahia. Foto NT
ABDIAS
Abdias Nascimento foi um daqueles homens raros que entregam a vida a seus ideais. Um homem que fez a diferença. Há um Brasil antes de Abdias, outro depois.
Jornalista, ator, poeta, pensador, artista plástico, líder negro, líder intelectual, homem exemplar.
Sua morte, lamentamos todos. Todos os negros, todos os justos, todas as cabeças pensantes do país.
Foto do site www.abdias.com
Devemos a Abdias a consciência de nossa negritude, o orgulho de trazer - nós, brasileiros - o sangue negro nas veias. Fincou assim os alicerces para a construção da raça brasileira.E fez do Brasil um país melhor.
Viveu mais de 90 anos. Mas era cedo para partir. É sempre cedo, quando se trata de homens desta estatura.
Adão e Eva Oxunmaré - tela de Abdias Nascimento
Que por muito tempo o país se lembre de contar sua história. Para nossos filhos e netos e filhos de seus filhos. Para que dela possam sempre se orgulhar. A história de um grande, um completo cidadão.
“Enquanto não houver igualdade, sobretudo nos meios de comunicação e na educação, e enquanto a voz das instituições que apresentam uma outra versão da filosofia que nos foi imposta não tiverem eco, o Brasil não tem o direito de declarar-se uma nação democrática! De maneira nenhuma!”
“A comunidade negra tem que ser fiel a si mesma, fiel aos seus antepassados, fiel à história de nossas lutas (...) por seus direitos. É preciso dar continuidade à grande luta de Zumbi dos Palmares. O direito está a nosso favor. Os orixás estão nos prestigiando e nos amparando. É nossa beleza. É nosso futuro.”
(Abdias Nascimento)
Programação visual:Emanuel Bellard. Distribuido via email por IPCN
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