Margaretha Geertruida Zelle McLeod, nascida na Holanda em 1876, filha de um vendedor de chapéus holandês e de uma mulher javanesa, casou-se com um capitão escocês aos 19 anos. Sete anos mais tarde, deixou o marido e foi tentar a vida em Paris, onde, não tendo outra forma de subsistência, trabalhou como modelo fotográfico nu. Em seguida lançou-se como dançarina strettpeaser, com o nome de Mata Hari ( em malaio, Sol ou Olho do Dia).
Cortesã, deitou-se com altas patentes dos exércitos francês e alemão , além de influentes e endinheirados civis.
Em 1917, depois de interceptar uma mensagem em código dos inimigos alemães, com alusão a um agente codinominado H21, as Forças Armadas Francesas concluíram tratar-se de Mata Hari, que, hipoteticamente, serviria de espiã dupla, trabalhando ao mesmo tempo para a França e a Alemanha.
Os detalhes do processo e do interrogatório nunca foram devidamente esclarecidos. Mas, em outubro de 1917 Mata Hari foi fuzilada num bosque de Vencennes, sem muitas testemunhas, com a presença apenas dos necessários carrasco, pelotão de atiradores, religiosas e confessor.
O que não se podia esperar é que Mata Hari, depois de executada, se tornaria uma lenda. Muitas histórias se contaram sobre o derradeiro momento: que se negou a ser vendada ou amarrada a uma árvore, que enviou um beijo na direção dos executores antes de morrer, que abriu o manto e exibiu-lhes o corpo nu, que morreu sorrindo...E o mundo jamais a esqueceu . Depois da execução, Mata Hari teve a cabeça cortada e exposta no Museu Francês, de onde esta desapareceu.
Única foto divulgada da execução de Mata Hari nos bosques de Vincennes
Com o fim da Primeira Guerra, seguido da ascensão dos movimentos feministas - o direito ao voto feminino, etc –vieram as inquietações: Mata Hari teria sido de fato espiã dupla, traidora, ou uma vítima, com provas forjadas, da propaganda de guerra, com o objetivo de intimidar alemães e traidores? Ou ainda dos valores tradicionais, moralistas, incapazes de lidar com sua liberdade e seu exemplo?
Quase um século se passou, sem respostas. Ainda em 1997, a Fundação Mata Hari pedia a revisão do processo que levou à sua morte. Uma luta que nunca terminou."Na verdade ela não dançava direito, mas sabia tirar cada peça de roupa, uma a uma, e mexer sua pele morena" - Colette, escritora francesa .
MARCHA DAS VADIAS - SLUTWALK
Quase cem anos depois da execução de Mata Hari...
O Slut Walk foi criado após um representante da polícia do Canadá ter declarado que as mulheres deveriam evitar se vestir como vadias para não serem vítimas de estupro. As declarações causaram revolta e geraram um grande movimento organizado na internet, que começou no início de abril com o protesto de Toronto e já aconteceu em mais de 20 cidades norte-americanas e australianas. Chega agora ao Brasil.
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