( Rio de Janeiro, 1902 - 1984)
De tudo que tenho lido sobre Orlando Teruz é este texto, do crítico de arte José Roberto Teixeira Leite, o que diz, eu acho, com maior precisão, da arte deste que foi ( é) um dos maiores nomes da pintura brasileira do século 20.
«Ao longo de uma extensa carreira de mais de seis décadas, pouco modificou-se o estilo de Teruz: a sua é uma pintura adivinhável em sua tipicidade, imutável em sua técnica e em sua temática, decerto porque esse artista, bem cedo, de posse de seus recursos expressivos e de um mundo-de-idéias próprio, preferiu explorá-los quase que até à exaustão e à monotonia.
«Preferiu, em outras palavras, aprofundar a diversificar, dando de um único tema seguidas interpretações - favelas no morro, cavalos, passistas de frevo, cirandas, negrinhas de duros seios e meninas na gangorra.
«Teruz domina a técnica da pintura, apreendida junto a mestres corno Chambelland e Batista da Costa.
«Mas é tolo falar, como se tem falado tanto, em técnica dos primitivos flamengos ou dos primitivos italianos em relação a esse artista: o fato de ter visto nesse ou naquele museu esse ou aquele quadro não deu evidentemente a Teruz a posse de um procedimento técnico à la Van Eyck ou à la Antonello, simplesmente porque, em tais artistas, técnica e ideal pictórico são interligados, uma complementando o outro.»
Morro
Meninas brincando de cabra-cega
Nu feminino
Meninas na favela
Cavalos
Nu
Brincadeira de Criança
São Francisco de Assis
Nenhum comentário:
Postar um comentário