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20 de mar. de 2010

LAWRENCE FERLINGHETTI

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Um beat entre nós



A Lírica Beat
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Lawrence Ferlinghetti nasceu em Nova York, em 1919, filho de italianos.Um dos mentores do movimento beat - ao lado de Kerouac, Ginsberg, Borroughs, Corso - Ferlinghetti representou a expressão beat na poesia e na pintura.
Ao contrário da idéia que se faz de toda a sua geração, envolvida com drogas pesadas e vida marginal, Ferlinghetti doutorou-se na Sorbonne, foi professor universitário, e, inspirado empresário, fundou, em 1953, com Peter D. Martin, a livraria City Light ( nome em homenagem ao filme homônimo de Chaplin), que ganhou destaque após a publicação do livro HOW! ( Uivo), de Allen Ginsberg, livro proibido pela censura sob acusação de obsenidade, que valeu a prisão de Ferlinghetti.
A City Light tornou-se célebre e desempenhou importante papel histórico com a publicação de textos e autores beats.

O mais longevo da geração, sustentando extraordinária vitalidade, Ferlinghetti ainda seria uma referência no movimento hippie, que sucedeu os beats.


O OLHO DO POETA OBSCENO VENDO...
......................................................... Lawrence Ferlinghetti

O olho do poeta obsceno vendo
vê a superfície do mundo redondo
com seus telhados bêbados
e pássaros de pau nos varais
e suas fêmeas e machos feitos de barro
com pernas em fogo e peitos em botão
em camas rolantes e suas árvores de mistérios
e seus parques de domingos no parque e estátuas sem fala
e seus Estados Unidos com suas cidades fantasmas
e Ilhas Ellis vazias e sua paisagem surrealista de pradarias estúpidas
supermercados subúrbios
cemitérios com calefação
e catedrais que protestam
um mundo à prova de beijo
um mundo de tampas de privada e táxis
caubóis de butique e virgens de Las Vegas
índios sem terra e madames loucas por cinema
senadores anti-romanos e conformistas
conformados e todos os outros fragmentos
desbotados do sonho imigrante real demais e disperso
entre esse pessoal que toma banho de sol

[Tradução: Paulo Leminski, em Vida Sem Fim, Brasiliense, 1984]


THE POET'S EYE OBSCENELY SEEING...The poet's eye osbcenely seeing / sees the surface of thc round world / with its drunk rooftops / and wooden oiseaux on clotheslines / and its clay males and females / with hot legs and rosebud breasts / in rollaway beds / and its trees full of mysteries / and its Sunday parks and speechless statues / and its America / with its ghost towns and empty Ellis Islands / and its surrealist landscape of / mindless prairíes / super-market suburbs / stemheated cemeteries / and protesting cathedrals / a kissproof world of plastic toiletseats tampax and taxis / drugged store cowboys and Ias vegas virgins / disowned indians and cinemad matrons / unroman senators and conscientious non-objectors / and all the other fatal shorrt-up fragments / of the immigrant's dream come too true / and mislaid / among the sunbathers


Telas de Ferlinghetti





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