Tem um dinossauro no meu quintal
As aves descendem dos dinossauros, Difícil acreditar, olhando um beija-flo delicado, um tié sangue... Já fica mais fácil se pensarmos numa ave de rapina. Não por serem de rapina, mas pelos traços. Ou mesmo o peru, tão comum nos quintais brasileiros.
Diz-se que uma espécie lá de dinossauro muito ágil, que, de tanto correr e mexer os braços para equilibrar-se na corrida, um dia na evolução voou. Sério. É uma hipótese científica.
Mas você também pode ter no seu quintal outros dinossauros, muito mais remotos. Foi o que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Pessoas encontraram dinossauros em seus quintais.
O descobridor
Quem encontra um fóssil raramente é o cientista. São, em geral, populares que se deparam com ossadas estranhas e os comunicam a uma instituição, que irá escavá-lo e estudá-lo. Será este popular chamado de descobridor. Agora, o cientista, que estuda as ossadas e conclui que bicho é aquele, e que, com sorte concluirá também que está diante de uma nova espécie, este, não ‘descobre’, mas ‘descreve’ o animal.
Se a espécie é nova, terá que ser batizada com um daqueles nomes complicados, como Maxakalisaurus Topai. Ou Unaysaurus Tolentinoi, descoberto no Rio Grande do Sul, que homenageia o popular que descobriu o bichão, descrito pelo paleontólogo Luciano Artêmio Leal: Tolentino. Tolentinoi significa de Tolentino. Um animal muitíssimo mais antigo que todos aqueles spielberguianos.
Estima-se que a imensa biodiversidade brasileira e a diversidade cultural são muito remotas.Aqui tropeça-se em sítios paleontológicas e arqueológicos e é bem possível que haja mesmo um no seu quintal. O problema é reconhecer um sítio ou um fóssil.
Aconteceu, no mês passado
Veja então o que ocorreu aqui em LUMIAR, distrito de Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro.Depois de uma grande chuva e de uma enxurrada, passando pelo Rio Macaé, Marcos Blaudt, o Marquinhos, bicho da terra, viu um tronco bonito, boiando, e quis levá-lo para decorar o jardim. Estranhou o peso e a consistência de pedra, e pensou: Encontrei um tronco fóssil. Comunicou ao Professor Kellner, do Museu Nacional. Enviou fotos.
O rio Macaé, em Lumiar, onde Marquinhos encontrou o tronco fóssil, tornado quartzo, datado de 400 milhões de anos .
Fotos enviadas ao Museu Nacional
O Prof. Kellner confirmou: É um fóssil. E subiu a serra, para vê-lo.
O tronco, agora uma rocha ( um quartzo) é datado de 400 milhões de anos. Os dinossauros apenas começavam a surgir e se dispersar pela Terra. Mas... não é daqui. Veio do Sul, provavelmente trazido por alguém. O solo daqui não justifica essa formação rochosa.Seu destino será o Museu Nacional. Para exposições e estudos.
O tronco, agora uma rocha ( um quartzo) é datado de 400 milhões de anos. Os dinossauros apenas começavam a surgir e se dispersar pela Terra. Mas... não é daqui. Veio do Sul, provavelmente trazido por alguém. O solo daqui não justifica essa formação rochosa.Seu destino será o Museu Nacional. Para exposições e estudos.
Em 2007, o mesm Prof Kellner descobriu e retirou um grande tronco fóssil na Antártica, hoje parte do acervo do Museu Nacional. Árvore madeireira que, de espécie igual já foi encontrada também no Brasil. Um prova de que o continente gelado já foi coberto de florestas. E mais um indício de que Antártica, América de Sul e Austrália já formaram, juntos, há 60 milhões de anos, um único continente? Pode ser que sim. Ou que não, É Cedo ainda até para se pensar em hipóteses.
O Prof. Kellner recebe das mãos de Marquinhos, o fóssil
Estréia o Armazém do Manuel virtual
O Armazém do Manuel, um Centro de Cultura Virtual, faz sua estréia na internet, no endereço. Acesse. Você vai gostar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário