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31 de mai. de 2009

Silvinha Telles e o Rio, cenário da bossa-nova

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Explode, coração



O coração de quem viveu aqueles anos, os anos inaugurais da bossa-nova, na voz delicada de Silvinha Telles. Ela foi um marco “na transição do samba-canção romântico dos 50 para a bossa-nova”, da década seguinte – segundo João Máximo. Um marco dos anos 60. Foi tão grande num gênero quanto no outro, com a mesma voz quente, íntima, sincera.


Silvinha Telles nasceu em 1934. Estreou em 57, num espetáculo de teatro, cantando Minduim Torradinho, e, em seguida, num LP da Odeon, Carícia, no qual cantava Chove Lá Fora, de Tito Madi; Se todos fossem iguais a você, de Tom Jobim e Vinicius de Morais; Canção da Volta, de Ismael Neto e Antônio Maria; entre outras canções.



Em 59 gravou, em julho, o LP Sylvia, ainda na Odeon ( músicas de Tom Jobim, Tito Madi. Dolores Duran e outros), e, em outubro, o LP que a consagraria definitivamente: Amor de Gente Moça ( outra vez com músicas de Tom, de Vinicius, de Ronaldo Bôscoli...). Este disco, gravado com grande orquestra, deu à bossa-nova, até então só ouvida com os pequenos conjuntos característicos da Bossa-Nova, a oportunidade de mostrar-se em toda a sua tiqueza musical, como também a de sair dos salões dos apartamentos da Zona Sul do Rio e ganhar o Brasil de forma definitiva, e, logo em seguida o mundo.

Diz-se que, com Silvinha Telles a bossa-nova se profissionalizou, deixando de vez de ser amadora.


Em 1966, a notícia da morte repentina de Silvia Telles, no auge do sucesso, num violento acidente de carro - no qual também morria o namorado, Horacinho de Carvalho, filho do casal Horácio de Carvalho, dono do jornal Última Hora e Lily de Carvalho ( hoje Lily de Carvalho Marinho) - atingiu em cheio o coração dos brasileiros.Tinha 34 anos. E seu tom intimista deixara em cada um de nós a fantasística sensação de ter perdido, mais que uma grande artista, ou uma artista do coração, mas alguém bem mais próximo de nós. Ainda hoje, quem viveu aqueles dias, de prazer e de luto, não ouve a voz de Silvia Telles sem ter o coração acelerado.





O Rio de Janeiro da Bossa-nova











Fotos do Rio - sites de origem: Rio Antigo, Alma Carioca





Um comentário:

  1. UAU, que presentão! Silvinha Telles é a maior de todas, o mais lindo timbre feminino da MPB,
    cantando música americana tb não tem pra ninguém. A matéria está show, Neila.
    Luis BUKA Sergio

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