.post img{border: 1px solid #000000;padding: 1px;} .post a:hover img{border: 1px solid #6699FF;}

17 de jan. de 2009

Saiba mais sobre o "barebacking"

.
Esclareça


De ontem pra hoje andei pesquisando na internet, para saber mais sobre a prática de barebacking, aqui citada na publicação de ontem.

A palavra barebacking significa cavalgada sem sela, e tem origem nos barebackers – peões de rodeio que montam cavalos sem sela, e nome dado também aos praticantes do barebacking. A rigor, entre os últimos, significa sexo sem camisinha, e está mais ligado à prática anal e ao sexo entre homens, na maioria das vezes em rituais de sexo coletivo, sempre sem camisinha. Mas também há mulheres envolvidas.

Os adeptos comunicam-se e conquistam adesões principalmente via internet, mas declarações de artistas, figuras públicas, formadores de opinião em seu favor na mídia impressa, também tem ajudado no crescimento da prática. Para entender melhor, não deixe de ler também a publicação de ontem neste blog.

Pelo que entendi, os barebackers consideram uma forma de liberdade, direito seu, a escolha entre usar ou não preservativos e não o aceitam como imposição. Seria essa, em tese, a razão de recusá-los, a “filosofia”, a “ideologia” da coisa – se é que se pode chamar assim. Consideram ainda discrimitória e demonizadora a censura da sociedade à sua “orientação sexual” e não gostam de ser chamados de pervertidos ou irresponsáveis. Querem ser respeitados. Inclusive no seu fetiche e desejo de contrair o HIV, o que consideram um problema seu e de mais ninguém.

Será o caso, então, de discutirmos as questões e significados das liberdades individuais. Disseminar a morte, criar e agravar problemas de saúde pública, glamurizar o suicídio, atrair desavisados para um projeto de morte via internet e outras mídias, ou até mesmo onerar o país em nome de seu prazer pessoal-sexual, será o caso de chamarmos a isso também de “liberdade individual”? A “orientação sexual” de cada um deve ser respeitada como um direito, sim, tem que ser respeitada, mas daí a passarmos a considerar, por exemplo, a prática da pedofilia como “orientação sexual” e “liberdade individual”, há uma enorme distância.

Nas matérias que encontrei, uma esclarece que há diferentes grupos de praticantes de barebacking, e, entre estes, os que, apesar de carregarem o mesmo nome e promoverem encontros semelhantes, de sexo grupal, são rigorosos quanto à prevenção, e exigem atestados para se certificarem de que não haja entre eles, nenhum HIV positivo. Mas não sei como agem em relação às outras dezenas, mais de uma centena, acho, de DSTS existentes.

Porém, o principal fetiche, na maioria dos grupos, parece ser mesmo o risco, o perigo, o desejo confesso de contrair HIV e passar o vírus adiante.

Estima-se que haja sete milhões de praticantes de bareback nos Estados Unidos e dois milhões na Europa. No Brasil não há estimativas e a prática é mais velada ou feita em grupos fechados.

“Em salas de bate-papo destinadas a este público (há salas na dal.net) foram encontradas pessoas que anseiam contrair o vírus pois isto lhe daria um maior "status" dentro do seu grupo de bareback” - diz o site http://www.fervo.com.br/gay/bareback.html%20. São os chamados bug chasers - caçadores de vírus. Do outro lado, estão os gift givers – presenteadores; soropositivos, dispostos a contaminar os parceiros que assim se disponham a desejá-lo.


O vocabulário é extenso, a gíria:

Barebacking Parties (Festas de Barebacking) - sexo em grupo sem camisinha

The Gift (O Presente) - o HIV

Conversion Parties (Festas de Conversão) - festas onde os Bug Chasers são convertidos em Gift Givers

Russian Roulette Parties (Festas de Roleta Russa) – festas em que existem pessoas HIV Positivo e HIV Negativo, em sexo comum.

Charged Cum ou Poz Cum (Ejaculação Carregada) - Sémem com HIV

Bug Brothers – grupo de pessoas HIV Positivo, entre os adeptos da prática

Fuck of Death ( Cópula da Morte) - sexo em que o HIV é transmitido



Na publicação de ontem, pedi que enviassem o link aos amigos, pais, professores. Peço hoje outra vez. Enviem mais este. É importante esclarecer.

http://neilatavaresgeleiageral.blogspot.com/2009/01/saiba-mais-sobre-o-barebacking.html


Em todo o mundo, cientistas , de noites insones, à custa de enormes sacrifícios pessoais, com verbas insuficientes, trabalham nos laboratórios pela erradicação da AIDS. Na África, onde ainda se morre tanto de fome e subnutrição, necessárias e significativas (mesmo que ainda insuficientes) verbas são destinadas a esta pesquisa. Em todo o mundo há fome, há miséria, faltam moradias, falta saúde, faltam hospitais, o trabalho escravo ainda não foi vencido, a água pode acabar, podem acabar os alimentos no mundo, o planeta agoniza, e os barebackers querem ter seu fetiche respeitado, sua opção de contrair e disseminar o HIV , como um direito de liberdade, seu direito ao prazer, custe isto o que custar ao resto do mundo.



.

Nenhum comentário:

Postar um comentário