11 de nov. de 2008
Adeus a Miriam Makeba
Miriam Makeba no Brasil
Ontem, enquanto as televisões davam a notícia da morte de Miriam Makeba, na internet, os melhores sites de biografias já tinham atualizado as datas de nascimento e morte. O Youtube exibia um novo vídeo que também trazia na seção de info, data, causa e local de morte.
Miriam Makeba foi importantíssima para nós. Sua presença aqui determinou novos comportamentos dos brasileiros, em relação à sua própria negritude. Aprendemos com ela um necessário orgulho de ser preto, de ser afro. Um orgulho ao qual nem sabíamos com certeza que tínhamos direito. Mas necessário e urgente para que a sociedade brasileira pudesse caminhar. Era 1968, um dos mais difíceis anos da nossa história . E, talvez, nunca a nossa unidade racial, uma unidade feita de diversidade, nos tenha sido tão necessária para superar as dificuldades que havíamos então que enfrentar.
Sua música, mistura de canções africanas com o jazz, irmã mais velha de nossa música ( e tão parecidas, as duas!), como fazem as irmãs maiores, nos mostrou caminhos, descortinou horizontes.
Mas nós fomos também importantes para Miriam Makeba. E, como é comum que também façam os caçulas, retribuímos em vigor e renovação. Seu maior sucesso, Mama África, aqui apelidado de Pata Pata, teve a decisiva colaboração do arranjador brasileiro, o grande Sivuca, no Brasil como no Exterior.
Aqui, a mais importante apresentação de Miriam Makeba no Brasil, na TV Record de São Paulo – 1968 – tendo, na guitarra acústica, Sivuca.
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