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19 de set. de 2010

CLOWN!


Nasce um clown


O grupo Slava


Há qualquer coisa de melancólico no clown, qualquer coisa de triste. Qualquer coisa que dói um pouquinho, na graça. Que machuca um pouquinho, sutilmente, a alma. Que toca áreas insondadas na gente. Revela. Traz à tona.

Um clown é mais sorrisos, ternuras, cumplicidades que gargalhadas. Um clown é quase que imaterial. A Inspiração, na sua forma mais pura e primordial.


O clown não é a representação de um homem terno. Ele é a própria Ternura. Não representa um inocente, mas personifica a própria Inocência.


Há coisas que diferenciam o clown dos outros gêneros de palhaços. O clown é mais interiorizado, os outros são mais histriônicos. O clown é mais sutil, mais delicado e profundo.

Como nasce um clown

As técnicas e processos de formação de um clown são transmitidos diretamente de mestre a discípulo. Quer dizer, quando um ator decide “viver” um clown, vai procurar um outro mais experiente, que, por sua vez, aprendeu o seu de um outro clown anterior. É assim milenarmente. Como o clown dispensa a palavra, é comum que mestre e discípulo sequer falem o mesmo idioma. Terão outras formas de comunicação e transmissão.

A primeira fase é , talvez, a mais importante, a mais exigente. Ele terá que descobrir seu clown. Porque este não é criado, mas descoberto.

Ao contrário dos atores de teatro de texto, em que a personagem é criada a partir de linhas e entrelinhas, intenções reveladas ou ocultas nas frases e situações cênicas, das pistas dadas pelo autor ou a visão do diretor, a escola, a época, a tendência em que se insere a peça e todo um conjunto de coisas , o clown é descoberto pelo ator dentro dele mesmo. Num processo – eu diria, chamaria – de auto-conhecimento.


Cada ator tem o seu clown, seu único clown. Em outras categorias de palhaços, um mesmo ator pode alternar personagens, muitas vezes dentro do mesmo espetáculo.. É possível a substituição de um ator por outro no mesmo palhaço, na continuidade do espetáculo.E até um palhaço ser herdado , passado de um a outro ator. Mas o clown é pessoal e intransferível, único. Como um Alter-ego.

Uma vez ‘descoberto’ o clown, aí , sim, virão a caracterização física, o figurino, a cena, etc. Não necessariamente, mas há clowns que incluem em seus números malabarismos, trapézio, e outros, e mais comumente ainda, um ou mais instrumentos musicais.

Não sei se os palhaços em geral são mais direcionados às crianças. Não sei.De qualquer forma, não o clown. Este é para um público de todas as idades, e o que observo é que fascinam crianças e adultos, com algum ganho a mais junto ao público adulto.



Acima, fotos do Slava, no Slava Snow Show

O mais famoso grupo de clowns nesse momento é o grupo Salva. Criado e produzido pelo ator russo Slava Polunin (ex-integrante do Cirque du Soleil), encontra-se em longa tourné pelo mundo com o espetáculo Slava Snow Show. Tão bonito, tão comovente, que quem vê jamais esquece.

O Slava Snow Show ...........




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Palhaços existem há 4000 anos. Proponho olharmos juntos um pouquinho de sua maravilhosa história, no próximo post ( lin...)

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