CONEXÕES

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Conecte-se - é a palavra de ordem

Engraçado. Esta semana recebi de diferentes amigos dois links que parecem dialogar. São vídeos publicitários. O primeiro vende a idéa do maravilhoso mundo da conexão. Tem até aqui mais de 7 milhões de visualizações no Youtube.

A Day Made of Glass... Made possible by Corning



E se...

Já o segundo vídeo, conta com 10% de visualizações do primero, no mesmo Youtube ( passa um pouquinho dos 7.000). E propõe uma reflexão importante sobre o viver permanentemente conectado.

Disconnect to connect Disconnect to connect




Então...

A considerarmos o número de visualizações de um e de outro como sintoma, concluimos que os homens estão hoje mais atraídos pela "conexão" que pela reflexão, ou a contemplação ou mesmo pelo outro, pelo afeto, pelo contato físico, o abraço, a confidência, o riso de uma criança....

Ipods, Ipeds, celulares e outros tantos recursos ( cujos nomes nem consigo decorar, de tantos), justificam a quebra de um momento ritual afetivo, a grosseria de bater a porta do elevador na cara do vizinho que vem atrás, que se não-veja a mulher com dificuldade de subir o degrau com um carrinho de bebê... Cai em desuso o pequeno gesto, a pequena gentileza, a solidariedade na rua... E a atenção a si mesmo.

A cidade de Nova York, vejo na TV, estuda multas quem atravessar a rua falando no celular. Aumentou barbaramente o número de atropelamentos.

O novo homem

O novo homem é avaliado - seu status social - por seu grau de "conexão." E o mundo outra vez se divide , entre os mais e os menos "conectados". Não seria mesmo a hora de começarmos a pensar a respeito?