Quem seria o feliz conviva ?
Há uma história lendária ( e deliciosa), passada entre o poeta modernista Oswald de Andrade e a dançarina Isadora Duncan. Não fossem eles quem eram! É contada e recontada em crônicas, filmes, peças teatrais. Mas não se esgota, e a reconto aqui, em palavras minhas.
Isadora Duncan veio ao Brasil em 1916, em turnê, quando foi apresentada aos então jovens poetas Oswald e Mário de Andrade, dois geniais intelectuais brasileiros, temperamentos inquietos , personalidades instigantes, que lhe ofereceram livros de poemas seus.
Há uma história lendária ( e deliciosa), passada entre o poeta modernista Oswald de Andrade e a dançarina Isadora Duncan. Não fossem eles quem eram! É contada e recontada em crônicas, filmes, peças teatrais. Mas não se esgota, e a reconto aqui, em palavras minhas.
Isadora Duncan veio ao Brasil em 1916, em turnê, quando foi apresentada aos então jovens poetas Oswald e Mário de Andrade, dois geniais intelectuais brasileiros, temperamentos inquietos , personalidades instigantes, que lhe ofereceram livros de poemas seus.
Oswald se aproxima da deusa
Oswald andava então apaixonado por uma jovem, também dançarina, julgava ele talento injustiçado, num estreito mercado de trabalho, quando tinha tudo para ganhar o mundo. Pediu então à Isadora que o recebesse numa entrevista, marcada no quarto de hotel em que ela se hospedava. Chegou tímido, diante daquela exuberante e linda figura de mulher, poderosa Isadora, na hora combinada, mas viu nos mesmos aposentos a mesa posta para um jantar a dois, com candelabros, taças para champanhe, etc.. indícios de que alguém era esperado para um jantar íntimo, romântico.
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Melhor ir embora
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E Oswald apressou-se em dizer a que vinha, supondo-se um visitante incômodo naquela hora., quando 'o esperado' podia chgar a qualquer momento. Falou compulsivamente na namorada. Isadora o ouviu. E respondeu que havia muitas dançarinas como ela em todo o mundo, descartando assim qualquer intenção de testá-la. Não era única. E Oswald apressou-se em se despedir. Na rua pensava, entre curioso e invejoso, quem seria o feliz conviva, aguardado naquele quarto de hotel. Que partilharia com aquela mulher irresistível do jantar de mesa posta.
Mistério desvendado
Encontraram-se outras vezes, Isadora, Mário e Oswald, nos dias seguintes. Isadora dançou para os dois, "quase nua" - escreve Oswald . Na beira de uma cacheira, eu acho. E finalmente o mistério foi desvendado . O feliz conviva aguardado era ele mesmo, Oswald. E que frustrara o jantar para correr, apressado.
Longe de fazer aqui auto-ajuda ( implico tanto com o gênero!). Mas não posso deixar de fazer paralelos - pensamentos óbvios, não censurá-los - e perguntar: Terá sido você, que ora me lê, algum dia na vida " o feliz conviva" aguardado para um banquete cheio de promessas sensuais e realizações de desejos, abandonado o campo de batalha, sem perceber "ele" era você? Hein? Metaforicamente ou não. Terei eu ?
Longe de fazer aqui auto-ajuda ( implico tanto com o gênero!). Mas não posso deixar de fazer paralelos - pensamentos óbvios, não censurá-los - e perguntar: Terá sido você, que ora me lê, algum dia na vida " o feliz conviva" aguardado para um banquete cheio de promessas sensuais e realizações de desejos, abandonado o campo de batalha, sem perceber "ele" era você? Hein? Metaforicamente ou não. Terei eu ?
A LEOA E O TRATADOR
Ah, sim, sim , sim... Esse tipo de imagem sempre nos comove. Que coisa mais bonitinha, essa!
Lioness & Man
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