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17 de dez. de 2010

SÁLVIA DIVINORUM - A DROGA QUE NÃO É DROGA

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A nova onda

De repente, de um ano para cá, jovens, adolescentes, teenagers de todo o mundo descobrem uma “nova droga”. Coloco aqui entre aspas por não ser a Salvia Divinorum nem exatamente nova, nem droga. Começou nos EEUU, já passou pela Austrália, pela Europa, chegou ao Brasil.

A “nova droga” é velha conhecida dos xamãs mexicanos, há mais de 200 anos . É legal, porque seu princípio ativo ( Salvinorina A) não se increve nas descrições científicas das substãncias criminalizáveis como drogas. Não há leis que impeçam ou possam impedir uso, cultivo ou venda.

Da família das mentas e da mesma sálvia que utilizamos na culinária, endêmica de uma região do México, a Sierra Mazateca, a Divinorum raramente se multiplica por sementes ( apenas cortes enraizados) e pode ser comprada, em extrato ou muda, livremente, na internet.




Extrato de Sálvia Divinorum à venda na internet, a R$25,00 a grama

Muda enraizada, à venda na internet


Alucinógenos!

Poderosíssimo alucinógeno, é consumida pelos modernos usuários em cigarros, fumada, e basta uma ou duas tragadas para deflagrar, antes que se conte até tres, uma “viagem” tão forte, tão violenta quanto as de LSD ( um semi-sintético). A diferença é que, se as de LSD tem cerca de 8 horas de duração, as viagens de Sálvia duram por volta de 45 minutos.

No link abaixo, o apresentador do programa Bob Freeman Show, mostrado na internet , experimenta a Sálvia diante da câmera.

Bob Freeman Smoke Sálvia -http://www.steviasweetner.org/bob-freeman-smokes-salvia.html


De uma hora para outra, centenas de vídeos aparecem na internet mostrando jovens sob seus efeitos, que às vezes se manifestam em crises de riso, deixando a impressão de uma grande brincadeira. Mas a experiência pode ser traumática, uma bad trip. E os jornais internacionais alertam usuários que a evitem em festas rave, baladas, multidão.


Veja agora algumas experiências graves

Hard Tripping -

http://www.liveleak.com/view?i=c42_1221076555

Teen Filmed as He Hallucinates from Smoking Salvia Divinorum

http://www.liveleak.com/view?i=cc9_1226978314

Alerte seu filho

A Sálvia não causa dependência – parece. E seus possíveis malefícios estão ainda pouco estudados. Apenas um caso de suicídio, por aspiração de gás, tem sido remotamente associado à erva, sem comprovação.

Mas alucinógenos, naturais ou sintéticos, são alucinógenos. Coisa de gente grande, não recreio de crianças. São experiências perigosas, sobretudo para meninos, de psiquismo em formação, quando algumas tendências, heranças e sintomas psíquicos ainda não se manifestaram ou foram observados. É um engano pensar que o que é natural, xamânico, etc, pode ser consumido sem perigo.

Os antigos xamãs mazatecas utilizavam a Sálvia Divinorum, não sob forma de cigarros, mas mascavam as folhas, o que reduz bastante o seu impacto. São necessárias de 50 a cem folhas para que as 'visões' tenham início. Ou a queimavam no ambiente para prepará-lo para o ritual , proporcionando nos presentes uma moderada alteração da consciência. Modernamente, vem sendo utilizada potencializada ( em extrato).

Perdas e ganhos

Vale lembrar que os intelectuais que estudaram alucinógenos naturais nos anos 70, ( Thimoty Leary e Aldous Huxley são alguns dos mais conhecidos) fizeram suas experimentações assistidas ( tendo ao lado pessoas com preparo intelectual e profissional para dar-lhes atendimento se necessário). E não brincavam. Seus trabalhos foram fundamentais para que soubéssemos mais sobre o mundo inconsciente.

Mas aquela década, marcada entre outras coisas por uma certa banalização dos alucinógenos, foi historicamente a década que contou com maior número de internações e diagnósticos de loucura. Vivíamos, é claro, um tempo de muitas inquietações e não se pode atribui-las todas aos alucinógenos. Também é o caso nos perguntarmos o que se entendia por “loucura” há 40 anos.

Porém , a 'visão' mais comum dos que usaram alucinógenos nos relatos de então era a de atravessar um Portal ( espiritual, psíquico, perceptivo?). Uns, iam e voltavam pela mesma porta. Outros iam e ficavam, para além dos efeitos da substância, fosse esta um ácido ou um cogumelo colhido na natureza.

Abaixo, Terence MacKenna conta, com humor, as origens e características da Salvia Divinorum.

Terence McKenna - Salvia Divinorum "The Eyes Of The Shepherdess" - ( com legendas em espanhol)







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