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Acima, a hidroterapia ambulatorial
Que o avanço tecnológico influiu e modificou todos os comportamentos e relacionamentos humanos todo mundo sabe. Mas o que me tem parecido bastante curiosa é a recente mutação dos comportamentos sexuais.
Numa entrevista na TV outro dia, a sexóloga Tamara Presser exibia ao Jô Soares um dos chamados #aparelhinhos do prazer”. Aos 70 anos, Jô reagiu como era de se esperar de alguém de sua geração ( ou da minha): “Ah, não gosto desses negócios mecânicos no sexo, não”. A moça rebateu: “ Mas por que não, Jô? Se não prejudica ninguém, pode dsr muito prazer, e ainda ser um brinquedo bem gostoso a dois? Por que não” Bem, é de se pensar, não é?
Verdade é que hoje se entra nas sexshops sem nenhum problema, homens e mulheres de todas as idades, pergunta-se, obtém-se respostas... As sexshops saíram das esquinas escuras, invadiram os grandes shoppings, as ruas movimentadas, expõem objetos e lingerie nas vitrines, sairam da marginalidade. E a indústria produz centenas e centenas de brinquedinhos de prazer, sempre colocando na roda mais uma novidade.Também se fala abertamente a respeito de preferências, métodos, etc, na TV.
É, no entanto, o vibrador que ainda ocupa o primeiro lugar na preferência popular. E o vibrador tem uma história interessante. Que começa com o Doutor Sigmund Freud e sua pesquisa sobre doenças sem causa aparente, mais freqüentes nas mulheres, que depois ele nomenou de paroxismo histérico, histeria e neurastenia. Entre o populacho, "congestão da genitália”.
E eram muitas mulheres a sofrer dos mesmos sintomas.
Foi então que um médico seu amigo observou que estes (os sintomas) desapareciam temporariamentre quando estas mulheres eram submetidas à chamada "massagem vulvar", que logo invadiria os consultórios médicos. Eram manipuladas na genitália pelos médicos até chegarem a uma espécie de espasmo ( ou prazer). A nova terapia foi um sucesso, os consultórios encheram-se de mulheres, eram verdadeiras máquinas de fazer dinheiro. E a competição levou, é claro, à evolução dos tratamentos.
Logo surgiu alguém com a "hodroterapia" ( imagem acima), em que a massagem vulvar era feita através do forte jato de extensa mangueira.
E o amigo de Freud acabou encomendando a um relojoeiro um aparelho inovador. O novo aparelho, de 1869, funcionava a vapor e era acionado a pedal. Depois vieram outros, a manivela, vácuo, ar-comprimido, etc. Pronto. Aí estava o vibrador.
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A primeira máquina
O orgasmotron, modelo mais avançado, produzido no mesmo século 19
Em 1880 surgiu o Orgasmotron, outra geringonça enorme, ainda confinada aos consultórios médicos E, finalmente, o vibrador elétrico, em 1883.
Em 1880 surgiu o Orgasmotron, outra geringonça enorme, ainda confinada aos consultórios médicos E, finalmente, o vibrador elétrico, em 1883.
Em 1902, a Hamilton Beach, empresa americana especializada em equipamentos para cozinha, patenteou o primeiro vibrador portátil. E este foi o quinto aparelho eletrodoméstico a entrar nos lares americanos. Um marco na história da liberação feminina. As mulheres saíam da dependência dos médicos para seu prazer.
Modelos como o "Barker Universal", o "Gyro-Lator" ou a "Miracle Ball" começaram a ser anunciados nos jornais de tiragem nacional, em cartazes, na contracapa das revistas de costura.
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Posters publicitários
- "A vibração é a vida", diziam alguns anúncios.
- "Porque você, mulher, tem o direito a não estar doente"
- "Instrumento para a tensão e ansiedade feminina"
- "A vibração proporciona vida e vigor, força e beleza"
- "O segredo da juventude foi descoberto na vibração"
- "A maior descoberta médica de todos os tempos"
Modelos incluiam um adaptador que convertia o vibrador numa batedeira de bolo, outros eram oferecidos de brinde a quem comprasse um aspirador de pó.
Modelos incluiam um adaptador que convertia o vibrador numa batedeira de bolo, outros eram oferecidos de brinde a quem comprasse um aspirador de pó.
Em 1917 havia mais vibradores que torradeiras nos lares americanos. Mas sua utilização começou a cair a partir dos anos 20, com o avanço dos filmes pornôs. Cenas de mulheres masturbando-se com vibradores diante das câmeras estigmatizaram a “máquina”. E continuou a cair nos anos 40, 50. Até o final dos 60, quando estudos revelaram a importância do orgasmo e da estimulação direta do clitóris , a masturbação feminina foi não apenas liberada mas recomendada, e o vibrador voltou a se popularizar nos EEUU como um aparelho sexual fundamental para as mulheres.
Nos oitenta, o vibrador tinha recuperado seu prestígio de forma absoluta. Embora não tivesse deixado de todo a marginalidade. Ainda eram uma segredinho de mulheres e casais. E de lá pra cá não parou mais.
Atualmente calcula-se que 25% das mulheres possuem vibrador e que 10% dos casais americanos utilizam um vibrador durante o relacionamento sexual com seus parceiros.
Bonitinho. Mas"como é que faz com isso?"
Futurista . Famoso modelo moderno, de 2007, promete movimentos completos, para frente, para trás, giratórios, etc
Vibrators da Vovó
Algumas coisas bem esquisitas foram produzidas, ao longo do século 20
Algumas coisas bem esquisitas foram produzidas, ao longo do século 20
Os modernos
Coloridos, brincalhões, fashions, graciosos, futuristas , extravagantes, retos, tortinhos, bifurcados, com arestas, eles estão aí, aos milhares, hoje, para todos os gostos.
Bonitinho. Mas"como é que faz com isso?"
Futurista . Famoso modelo moderno, de 2007, promete movimentos completos, para frente, para trás, giratórios, etc
Fofinho, teen-ager, para mulheres que adoram ser tratadas como crianças
Última novidade, lançada em 2009:
Uma empresa inglesa criou um adaptador para iPod que transforma o tocador de MP3 em um vibrador. O iGasm pega as batidas da música e as converte em vibrações. Uma música com bateria pesada dá pulsações fortes, enquanto uma canção ambiental e relaxante reproduz movimentos suaves.
Última novidade, lançada em 2009:
Uma empresa inglesa criou um adaptador para iPod que transforma o tocador de MP3 em um vibrador. O iGasm pega as batidas da música e as converte em vibrações. Uma música com bateria pesada dá pulsações fortes, enquanto uma canção ambiental e relaxante reproduz movimentos suaves.
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Saiba mais:
Grande reportagem. Muito séria, e de muito conteudo.
ResponderExcluirMaria Martins
Nossa! Quanta coisa! E eu achando que esses jogos eróticos eram outra coisa! haha
ResponderExcluirHowdy, I do believe your blog might be having internet browser compatibility problems.
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my blog post; Tienda Sexshop Online