Preste atenção ao que acontece nestas imagens. Linda, a mensagem delas. Quer dizer, uma tourada não é só o desnecessário sacrifício de um touro, contra o qual nos manifestamos com veemência.
Voltamos a nos falar na próxima semana?


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Só quando terminei a edição da semana, distribuindo fotos, vídeos, textos, idéias nesta página ( são dez postagens por página e por semana, nesta revistinha de cultura que inventei de fazer do Geléia Geral), me dei conta de que o amor prevalece na semanai, como tema recorrente, no texto de Artur da Távola, nos dois vídeos de vida animal; na vida, paixão e morte do poeta Lorca; no último vídeo que me chegou pelas mãos de Reluz, sobre nosso planeta. Não foi uma determinação, gerar uma edição especial sobre o tema do amor. Aconteceu. Por inspiração, coincidência? Não sei.
Pode talvez ter sido a lua-cheia, que governou, como rainha absoluta, nos céus, esta semana. Aqui, no meio da Mata Alântica, onde me encontro, impossível não vê-la. A claridade da lua ilumina a noite, os caminhos, entra pelas janelas. É mágica. E pelo menos para os românticos inveterados como eu, os românticos insolúveis, irrecuperáveis - quem duvida da influência da influência da lua sobre eles?
Experimento uma câmera fotográfica digital Sony, sem nenhuma importância, camerazinha boba, sem nenhum recurso, para saber até onde pode ser sensível ou não à incidência de luz. E fotografo a lua, na sua luz natural, sem nenhum truque. É ela, por isso - essa lua de Lumiar - que abre esta edição, toda amorosa.
Na edição da semana
- A Terra e Lua – imagens fotográficas da lua cheia de Lumiar, seguidas de vídeo institucional ode de amor a nosso planeta.
- Animais, aprendendo o amor com eles – E eles não são mesmo comoventes?
- Helios Seelinger – fotografias da tela Carnaval, do site da Pinacoteca de São Paulo.
- Walter Smetak – um dos pais do tropicalismo, e suas esculturas sonoras publicadas no site do Gilberto Gil.
- Humor – Dois vídeos. O primeiro, gostosinho, sobre a relação entre a sexta-feira, último dia da semana de trabalho, e a segunda-feira, de reinício; no segundo vídeo, uma caprichada sátira à política brasileira.
- Dicas, recados e outras – sugestões gerais de sites, blogs e temas
- Lorca - vida, paixão e morte do poeta
- Só depois dos quarenta – texto de Artur da Távola, em PÁGINA ABERTA
- Mulá Nasrudin - da série HISTÓRIAS DE NASRUDIN
No meu pedaço
"Se não houver frutos Valeu a beleza das flores Se não houver flores Valeu a sombra das folhas Se não houver folhas Valeu a intenção da semente" (do livro Diretas Já)
"Se não houver frutos
Valeu a beleza das flores
Se não houver flores
Valeu a sombra das folhas
Se não houver folhas
Valeu a intenção da semente"
( do livro Diretas Já)
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Nasrudin - boneco de pano, da Leela
Nasrudin surgiu ali pelos séculos 11 ou 12, em lugar deconhecido. Disputam sua origem muitos países do Oriente, como a Turquia, o Líbano, o Turquestão e outros.Mas, na opinião da maioria dos autores ,ele deve ter surgido na antiga Pérsia.
Também não se sabe se teve existência real. Há muitas lendas a respeito. Uma delas diz que foi um louco que se acreditava um Mulá. Outra, que foi um livre-pensador que, para fugir às perseguições religiosas do Islamismo, fingiu-se de louco, passando assim à tradição.
Há um túmulo de Nasrudin na Turquia. Com uma enorme porta, trancada por grossas correntes, não tem, no entanto, paredes. Nasrudin costumava dizer que "suas portas estavam sempre fechadas aos amigos e abertas aos inimigos." Talvez quisesse com isso afirmar que são os inimigos que, ao nos colocarem contra a parede, nos fazem crescer, mais que os amigos que nos protegem.
Nas histórias de hoje Nasrudin interage com Tamerlão, o Imperador.
Na sauna
Nasrudin era camareiro de Tamerlão e o acompanhava na sauna quando Tamerlão perguntou:
-Nasrudin, se eu fosse um escavo e estivesse sendo vendido no mercado, quanto você acha que pagariam por mim?
- Quarenta dinheiros - respondeu, seguro, Nasrudin.
- Só isso? Só esta toalha que eu estou vestindo custa bem mais.
_ Bom, dou quarenta dinheiros pelos dois e nem um tostão a mais.
Espelho
Tamerlão ganhou um espelho do embaixador de um país vizinho. Nunca tinha visto um e, quando abriu o presente, começou a chorar convulsivamente.
_ Por que chora, Tamerlão?
- Ah, Nasrudin, eu não sabia que era assim tão feio.
Nasrudin imediatamente começou a chorar também, aos berros.
- E você? Está chorando por que?
- Ora, se você se vê por alguns segundos e chora desse jeito, imagina eu, obrigado a olhar essa cara feia o dia todo.
Disco Voador
"O caminho dos instrumentos foi longe, demasiadamente longe. Começou com o trovão e terminará com o trovão. Seguirá um vasto silêncio. E, por outra vez, o Som terá que dar vida às coisas deste mundo tão belo..." (Walter Smetak)