de Francisco Brennand
A Oficina de Francisco Brennand sempre exerceu sobre mim o maior fascínio. Pela beleza, pela monumentalidade e também por ser obra de um único homem, pela sua força criadora. E aquela mistura de templo, santuário, catedral, fortaleza, fábrica, espaço mítico.
Talvez façam agora mais de 20 anos que a visitei, no bairro da Várzea, no Recife, Pernambuco, em meio a uma preciosa reserva de Mata Atlântica. E nunca esqueci a emoção que senti então.
Também não esqueci nenhum detalhe. Eles ficaram fotografados na memória. E assim como há os que amam o Coliseu, ou as pirâmides egípcias, e guardam materiais a respeito, eu amo a construção de Brennand, e guardo tudo que encontro sobre ela.
Leio aqui, em velhas reportagens: Brennand conviveu em Paris, onde foi estudar pintura, com André Lothe e Fernand Léger, conheceu a cerâmica de Picasso e Miró, sofreu decidida influência de Antonio Gaudí e da faiança da Umbria, na Itália.
No início da década de 70 iniciou a restauração de uma fábrica de tijolos e telhas do pai, desativada em 1945 e em ruínas então.
Diz ele numa entrevista dos anos 90: “O envolvimento com o mundo dos arquétipos, com todos os mitos e símbolos provém da própria manipulação do barro, porque ele é a terra, o elemento primordial de que foi feito o homem.”
"Devemos aprender a viver juntos como irmãos, senão, vamos morrer juntos como idiotas."
Martin Luther King
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