CENTÁUREA -

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A flor que tonaliza cabelos brancos

Natural do Norte da Ásia e Sul da Europa, a centáurea, esta flor de coloração violácea, tem uma longa história de utilização pelos homens.

No mundo antigo, passou a ser extremamente valorizada depois que se descobriu a utilidade de suas pétalas como corantes de fios para tecelagem e tapeçaria, oferecendo uma cor azul de tonalidade rara, depois de processada.

Conta a lenda que Cleópatra pagou a um cabeleireiro o peso dele em ouro, por uma certa quantidade de seus óleos essenciais, que davam aos cabelos negros da bela rainha do Egito reflexos azulados ao sol.

Hoje, as mulheres de cabelos brancos já podem acentuar os tons de prata e evitar o amarelamento dos fios sem o mesmo risco de antigamente, quando era comum cruzarmos nas ruas com senhoras de cabelos azuis ou lilases, quando o que pretendiam era fazê-los mais brancos. A responsável por isso é outra vez a centáurea, que há alguns anos a moderna cosmética começou a utilizar para este fim.

No Brasil, não sei se há outros produtos, mas pelo menos a Payot já poduz uma bem-sucedida linha de champú e creme de enxaguar, especialmente desenvolvidos para ressaltar a cor de cabelos brancos e grisalhos, facilmente reconhecíveis nas prateleiras das drogarias por sua coloração cinza-chumbo.


Há também o champú da francesa Klorane, vendido nas drogarias de todo o Brasil , de sutilíssimo efeito – você só vai vê-los mesmo depois do segundo ou terceiro vidro – muito bonito: um efeito mechado, em diferentes tons de prata. É caro para o padrão brasileiro, mas tem excelente rendimento.

Além disso, a centáurea, herbácea com 350 a 500 espécies conhecidas, vem sendo cultivada em diversos países e pouco a pouco introduzida no paisagismo com excelente aproveitamento.

Chagall