Alguns o descrevem até como “o menino sem boca”, embora adore sorvetes e doces e ande pelas ruas assobiando, de mãos nos bolsos, derretendo-se todo para Henriqueta. É considerado um clássico do quadrinho pantomímico e chamado o Chaplin das tiras.
Travesso e do bem, aprontava nas ruas e não se furtava a deixar de olho roxo os grandalhões que com ele se metiam.
Pinduca nasceu Henry em 1932 (Pinduca na tradução portuguesa). Seu autor, o norteamericano Carl Andersen, por sua vez, nasceu em 1865. Jornalista e cartunista, com a Depressão de 1930, perdeu emprego e oportunidades e se retirou no interior do país, trabalhando como marceneiro e dando aula de desenho à noite, numa escola vocacional.
Durante uma aula, a título de exemplo, desenhou no quadro negro um menino, que fez tamanho sucesso entre os alunos que Andersen decidiu desenvolver como personagem e enviou ao Saturday Evening Post, onde o Henry foi lançado. Tinha então 62 anos de idade e recomeçava a vida nos jornais.
O sucesso foi enorme. E mesmo quando Carl, sofrendo de artrite, não pode mais desenhar, outros artistas continuaram com o menino careca. Carl morreu em 48.
No Brasil, Pinduca estreiou no Suplemento Juvenil. Até os anos 50, 60, esteve entre nós, como uma paixão da garotada. Depois, sumiu por longos anos, para reaparecer em tiras de O Globo e O Diário de São Paulo com novo nome: Carequinha. Mas sem o mesmo carisma. Em jornais de adultos, quando o grande apelo do personagem era com as crianças, e num tempo em que já não se brincava mais nas ruas.
Viajei na maionese, Neila. Pinduca é um dos meus ídolos da infancia.Com ele não tem conversa (e não tem mesmo), dava um socão nos inimigos e estava sempre com um sorvete de casquinha lambendo, lambendo. Nonsense do melhor humor que jamais será feito. Bravo!
ResponderExcluirO Bucaneiro Prateado
Ronaldo
ResponderExcluir