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30 de out. de 2008

J. Carlos, o cronista do lápis

José Carlos de Brito e Cunha ( 1884-1950)

Chargista, ilustrador e um dos maiores representantes do art déco brasileiro. Cronista do Rio e de seu tempo. Sobre a obra de J. Carlos, Álvaro Moreyra, poeta e contemporâneo do artista, profetizou:

“Um dia, decerto, no começo do próximo século, o Rio de Janeiro não possuirá mais a carioca; as raparigas das margens da Guanabara não se distinguirão das raparigas do resto do planeta: idênticas preocupações, atitude iguais, o mesmo modo de vestir, gravidade, pessimismo... Nesse dia, um curioso de coisas do passado encontrará, nas páginas de uma revista, as figuras de J. Carlos; encontrará a melindrosa, que ele inventou e que constituiu o modelo das nossas lindas contemporâneas.

O Rio de Janeiro de antigamente há de ressuscitar na expressão ingênua e irônica dos olhos que viram os primeiros aeroplanos; nas bocas talhadas à feição de beijos; no ritmo ondulante da carne envolta em sedas leves, luminosas, fugidias. E o curioso sentirá saudades do velho tempo que não conheceu... Velho tempo! Bom tempo! E compreenderá o sentido das praias, povoando-as das imagens guardadas no traço sutil do artista e verá, tal qual não vira antes, a luz das manhãs, a sombra dos crepúsculos, o luar das noites altas. Lenta, a maravilha despercebida se revelará. A cidade romântica, erma das suas transeuntes, voltará à fascinação abandonada... O ente que olhar, daqui a cem anos, as obras-primas de J. Carlos, poderá viver a vida que andamos vivendo...”


Continua, na postagem abaixo

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