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20 de set. de 2008

Saudade de Neruda

Esta noite, me deu uma saudade louca de Pablo Neruda. Fui procurar na internet seus poemas de amor ( queria estes). Estão aqui: http://www.poemasdeamor.com.br/imortais/poema.aspx?id=136

Copiei um:

Amiga, no te mueras
( Pablo Neruda)

Amiga, no te mueras.

Óyeme estas palabras que me salen ardiendo,
y que nadie diría si yo no las dijera.
Amiga, no te mueras.
Yo soy el que te espera en la estrellada noche.
El que bajo el sangriento sol poniente te espera.
Miro caer los frutos en la tierra sombría.
Miro bailar las gotas del rocío en las hierbas.
En la noche al espeso perfume de las rosas,
cuando danza la ronda de las sombras inmensas.
Bajo el cielo del Sur,
el que te espera cuando el aire de la tarde
como una boca besa.
Amiga, no te mueras.
Yo soy el que cortó las guirnaldas rebeldes
para el lecho selvático fragante a sol y a selva.
El que trajo en los brazos jacintos amarillos.
Y rosas desgarradas. Y amapolas sangrientas.
El que cruzó los brazos por esperarte, ahora.
El que quebró sus arcos.
El que dobló sus flechas.
Yo soy el que en los labios guarda sabor de uvas.
Racimos refregados. Mordeduras bermejas.
El que te llama desde las llanuras brotadas.
Yo soy el que en la hora del amor te desea.
El aire de la tarde cimbra las ramas altas,
Ebrio, mi corazón, bajo Dios, tambalea.
El río desatado rompe a llorar y a vecesse adelgaza su voz
y se hace pura y trémula.
Retumba, atardecida, la queja azul del agua.
Amiga, no te mueras!
Yo soy el que te espera en la estrellada noche,
sobre las playas áureas, sobre las rubias eras.
El que cortó jacintos para tu lecho, y rosas.
Tendido entre las hierbas yo soy el que te espera!


A voz e a face do poeta, que delícia

Mas achei mais. Neruda, em cenas domésticas, na ilha em que viveu, no Chile, com sua terceira mulher, Matilde. E que serviu de modelo ao cenário do filme lindo O Carteiro e o Poeta , (Il Postino, no título original), baseado no romance de Antonio Skármeta, Ardente Paciência, dirigido por Michael Radford - esse, uma ficção com o poeta, passado nos anos 50, numa ilha da Itália, no Mediterrâneo.









O outro Neruda, em cenário igual

Aí, me deu uma vontade danada de rever o filme, de 1995. Ator e um dos roteiristas, Massimo Troisi ( faz o carteiro) morreu de parada cardíaca um dia após terminarem as filmagens. Não pode ver o sucesso e a verdadeira comoção mundial que causariam texto, diálogos e seu personagem e interpretação. Nem sua indicação de Melhor Ator, no Oscar de 1996. Outras indicações do filme foram Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora Original.


Esta é uma cena inesquecível, quando o poeta ( aí feito por Philippe Noiret) ensina ao amigo carteiro o que é uma metáfora, lembram? É a versão original, em italiano, mas dá pra entender bem.








A música do filme

O filme ganhou Melhor Trilha Sonora Original ( de Luiz Enríquez Bacalov) . Veja e ouça , em interpretação e arranjo do pianista italiano Enzo de Rosa. Vale a pena. Há várias interpretações, na internet, mas esta é especialmente feliz.






Mais sobre o filme, na Wikipédia : http://pt.wikipedia.org/wiki/Il_Postino

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