.post img{border: 1px solid #000000;padding: 1px;} .post a:hover img{border: 1px solid #6699FF;}

21 de set. de 2008

Carl Sagan


Sempre acredito que poesia é mais que um fato literário. Poesia é um estado do ser. Há poetas em tudo, poetas em todos os lugares. Há cientistas poetas, matemáticos poetas, engenheiros, bancários, agricultores, pedreiros, manicures poetas. Há poetas que nunca colocaram no papel uma única palavra. Há analfabetos poetas. Há crianças poetas.

Como há aqueles que não são poetas e nem por isso são menores no que fazem, nem por isso deixam de ser excelentes pessoas. Só não são poetas.

E dentre os grandes poetas do século 20 está Carl Sagan ( 1934-1996), astrônomo norteamericano que popularizou a astronomia na segunda metade do século – destacadamente na década de 70. Observou e pensou o Universo e, talentoso escritor, comunicou-se igualmente com adultos e crianças, formou mentalidades.

Entre seus muitos livros encontra-se Pálido Ponto Azul ( Pale Blue Dot).

Em 1990, foram publicadas pela NASA 60 fotografias do Sistema Solar, tiradas pela sonda Voyager 2 , entre as quais uma em que se via a Terra a 6.4 bilhões de quilômetros de distância, como um "pálido ponto azul".
Carl Sagan compreendia a astronomia como formadora de caráter. E desde que Armstrong vira a Terra do tamanho de uma laranja, os homens não poderiam continuar mais os mesmos. A materialização da consciência de nossa proporção, de nossa pequenez, em relação ao Universo havia de transformar-nos. Ao mesmo tempo em que aumentava nossa responsabilidade com o planeta, único na imensidão cósmica. Um Pálido Ponto Azul passava a ser assim, mais por Sagan que pela foto em si, um símbolo dessa revolução, desse novo momento na história universal das mentalidades. O ponto de mutação.

E eis o que disse Carl Sagan, diante dela:
.
.
Ainda em 2006, em "An Inconvenient Truth" (Uma Verdade Incoveniente), Al Gore elegeu esta foto para finalizar seu filme e conferência, e , sobre ela, numa clara referência ao estrônomo, parafraseava : Isto é tudo que temos.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário