6 de set. de 2008
Fernando
Fernando
Morreu Fernando Torres.
Estou de luto. Um luto reverencial.
Fizemos juntos, por três longos anos, “É... “, de Millôr Fernandes, no Maison de France. Um dos companheiros de cena mais doces, mais carinhosos, mais respeitosos que se possa imaginar. E uma das mais ricas convivências.
Já se vão aí trinta anos.
Morreu aos oitenta, ou pouco mais.
Fez cinqüenta, durante a temporada da peça.
E me contou, baixinho, no bastidor escuro, entre uma cena e outra:
“Um homem andava por uma estrada vazia. De repente, viu que vinha em sua direção um vulto escuro, de capuz, com uma foice na mão, e o reconheceu como sendo a Morte.
Aproximando-se, a Morte lhe perguntou com voz de trovão:
- Homem, quantos anos você tem?
O homem respondeu:
- Cinqüenta.
E a Morte:
- Não. Esses são os anos que você não tem mais. Eu pergunto quantos você ainda tem.”
Fernando teve muitos, depois disto. Ou poucos, porque afinal a vida é tão curta, para os grandes, para os gigantes como ele.
E o que dizer, quando se perde um gigante, um titã? Não sei.
Só me ocorre agora pedir:
- Ô, Fernando, não se esqueça nunca de mim, tá?
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Mulher Absurda
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Ludmila Sakarov Triana, ou Maria José Formiga, eu te vi em É... e adorei. Vc emprestou muita verdade à sua personagem. Adorei seu trabalho, o de todos, claro. Gostei da peça até demais. Abs, Ofélia
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