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Faz muito frio na serra. Frio e chuva. A primavera chegou há uma semana ou mais. Mas o frio, à noite, ainda é de doer.
Gosto da chuva. Sempre gostei. Gosto dos dias nublados, interiorizados. Gosto de olhar a natureza nos dias assim, impressionistas.
Gosto dos dias nublados no mar. Tudo em tons de cinza. E são tantos, os tons. Aqui, não. Aqui na serra é diferente. É prata, não cinza. As tardes aqui variam entre prateadas e douradas. São prata agora.
E gosto dos dias de sol. Ouro. Tudo em foco. Até a última montanha que vejo da varanda. O olhar alcança distâncias.
Eu gosto dos dias. Assim ou assim, o que gosto é dos dias.
E gosto das noites. Não durmo antes das 3, 4 horas. Gosto de seu silêncio e de seu mistério. Gosto da escuridão. Da solidão da noite.
Eu gosto do preto, gosto do cinza e do marrom. Gosto do branco. E do azul. Do amarelo, do vermelho, do verde, do roxo. Gosto das cores. E das flores que ora colorem o lá-fora.
Gosto de ver. Contemplar.
Como diz minha velha amiga Venina, Venina da Silva, baiana atrevida, que gosta da vida como um cachorro do dono:
“Viver para ver acontecer"
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28 de set. de 2008
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