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Pouco a pouco a luz, o teto vão desvanecendo.
Somem a porta, os quadros, a parede, o quarto.
E eu que há pouco ardia,
Eu que era febril e falava e gemia,
Estou silente e gelada.
Gelada mas sem frio.
Sem dor, sem medo, sem nada.
E me desdobro. Sou duas.
Uma que semi-vive e semi-morre,
Outra que olha pra mim. Neutras, as duas.
Despenco num abismo sem fim.
Leve, leve. Lenta, eu plano.
Eu, que há pouco era concreta, me diluo.
Sem memória de mim.
Não sou.
Estou morrendo.
E a morte é a brancura.
A morte é só o vácuo, o vazio, o alívio, a brandura...
A morte é só...
Ái! Estou morrendo de amor.
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Ái! Estou morrendo de amor.
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...................................(NT)
.Jardim do Museu da República - RJ |
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