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25 de out. de 2011

UM QUASE-POEMA SEM NOME


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Bom, este é um texto meu, escrito nos  últimos dias. Não sei se é ou não um bom texto. O autor é tradicionalmente o pior juiz de sua própria obra, julgue ele para bem ou para mal. De qualquer forma, um texto que me deu prazer em fazer. As fotos que o ilustram foram feitas no mesmo período, e enquanto nascia este meu quase-poema.
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Pouco a pouco a luz, o teto vão desvanecendo.
Somem a porta, os quadros, a parede, o quarto.
E eu que há pouco ardia,
Eu que era febril e falava e gemia,
Estou silente e gelada.
Gelada mas sem frio.
Sem dor, sem medo, sem nada.
E me desdobro. Sou duas.
Uma que semi-vive e semi-morre,
Outra que olha pra mim. Neutras, as duas.
Despenco num abismo sem fim.
Leve, leve. Lenta, eu plano.
Eu, que há pouco era concreta, me diluo.
Sem memória de mim.
Não sou.
Estou morrendo.
E a morte é a brancura.
A morte é só o vácuo, o vazio, o alívio, a brandura...
A morte é só...
Ái! Estou morrendo de amor.
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...................................(NT)
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Jardim do Museu da República - RJ


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