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9 de mai. de 2010

O CHAPÉU DO INDIANA JONES


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Bom, cá pra nós... ele é o máximo. E não à toa foi escolhido para ser o chapéu do Indiana Jones e de tantos outros heróis e bandidos. E que anda pela cabeça de muitas celebridades, desde o século 19.

É lindo. E, dependendo do fabricante – o melhor do mundo é a marca brasileira Chapéus Cury – justo a que fez o chapéu do Indiana, sob medida, por encomenda da equipe Spielberg - pode ser perfeito. O modelo se presta bem a aquecer no inverno, sendo fresquinho no verão.

O modelo é originário do Tirol australiano, e foi fazendo sucesso no mundo e ganhando, ao longo do tempo, diferentes nomes. Um pouco parecido com outro clássico, o chapéu panamá ( para alguns, o mesmo modelo em versão palha), pode ser fabricado em feltro, lã ou pele de lebre. O do Indiana é de lebre e o modelo varia no tamanho da aba ou da copa.


No terceiro filme, Indiana Jones e a Última Cruzada, o jovem Indiana ( River Phoenix) adota o nome pelo qual se tornaria conhecido inspirado em seu cão e recebe de seu mestre o famoso chapéu.

Começou a ser produzido em 1857, chamado chapéu trilby, mas popularizou-se mesmo a partir de 1882, e na cabeça de uma mulher.
Sarah Bernhardt, que usou o modelo na peça Fedora, de Victorien Sardou ( autor também do libreto da ópera Tosca, entre outros textos), peça escrita especialmente para a atriz, que ganharia em seguida uma versão operística com música de Umberto Giordano. Fedora é o diminutivo russo de Teodora ( Romanoff), Imperatriz de Bizâncio, heroína da peça. O modelo foi imediatamente adotado pelas mulheres de todo o mundo e passou a ser conhecido ( ainda hoje o é) por chapéu fedora. Em 1910, dois milhões de peças já eram produzidas para a elite européia.
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No cartaz de Borsalino, nas passarelas, na cabeça de Johnny Depp

Gary Cooper ( High Noon), Frank Sinatr,a Jean Paul Belmondo ( Borsalino), Madonna, Michael Jackson, passarela


Moda lançada por Sarah Bernhardt na peça Fedora dá nome ao chapéu, que ganhou fama nas cabeças femininas, no século 19.

No vestuário masculino, teve seu auge nos anos 20, e durou até os anos 60 ( em que foi marca registrada de Frank Sinatra), quando caiu de moda o chapéu masculino em virtude de a maioria dos homens passar a usar o carro.

Em 1942, um reforço na onda dos chapéus fedora - usado por Humphrey Bogart em Casablanca.
Nos anos 70, seu charme é mais uma vez descoberto no filme de Jacques Déray, estrelado por Alain Delon e Jean Paul Belmondo, Borsalino. Passou então a ser conhecido também por chapéu borsalino. Inicialmente produzido em preto, marrom ou cinza, o borsalino agora já aparece em cores claras ou berrantes. E um dos principais segredos de usá-lo bem é a manipulação, ou a forma como se trabalha com as mãos a modelagem da copa e do caimento da aba em cada cabeça.


O fedora, no auge da moda masculina - entre os anos 20 e 60
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NAS HQs

Dick Tracy - de Chester Gold - 1931


The Spirit - de Will Eisner - 1940


NAS PASSARELAS

O fedora é também um predileto nas passarelas. E sua performance é incrível. Masculino, muito masculino usado por homens, dá muita feminilidade às mulheres, presta-se tanto a vilões quanto a heróis ( reais ou ficcionais), a antigos e moderníssimos figurinos. E, parece sempre outro chapéu, de acordo com a forma como é usado ou por quem.

Greta Garbo usou um fedora desestruturado nestas fotos.

Greta Garbo - o fedora desestruturado


Chico Buarque, Alain Delon ( Borsalino), passarela, " Seu" Jorge, Federico Fellini, Gary Cooper, Greta Garbo, de novo Gary Cooper no cartaz do filme Á La Hora Señalada


Yoko Ono, passarelas, Michael jackson, Frank Sinatra, Humfrey Bogart ( Casablanca), Alain Delon ( Borsalino), Al Capone

CURY, O FABRICANTE BRASILEIRO

O chapéu que o ator Harrison Ford usa desde Caçadores da Arca Perdida, o primeiro filme da série, de 1981, é fabricado em Campinas, São Paulo, a 100 quilômetros da capital. O acessório é feito sob medida para a cabeça do ator ( talvez por isso mesmo nunca lhe caia da cabeça). Com vários tamanhos, é oferecido em lã ou pêlo de lebre. O preço, dependendo do modelo, tem por preço médio R$ 200.

Desde o longa de estréia, Harrison já usou mais de uma dezena de chapéus Os chapéus Indiana ão feitos artesanalmente na Cury e levam cerca de dez dias em confecção. Harrison preferiu os de abas maiores.
A Cury Chapéus existe desde 1920. A relação da empresa com Indiana começou quando um dos produtores do filme, cliente da casa, encomendou um modelo para um personagem aventureiro, sem dar maiores detalhes. A fábrica paulista entregou a encomenda e só ficou sabendo para que filme e personagem quando Caçadores da Arca Perdida estreou no cinema.

Mas a chapelaria não tinha a devida licença para comercializar réplicas com o nome do herói, situação que foi revertida recentemente, com o lançamento de O Reino da Caveira de Cristal, filme para o qual foram produzidas 8 cópias.

A Fábrica Cury - Campinas - Prédio tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal

Em mais uma realização performática, o chapéu fedora no palco, com Michael Jackson

Um comentário:

  1. Vejam a mostra:
    http://mostradeartechapeleira.blogspot.com.br/?spref=fb

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