As belas sertanejas de São Romão
A beleza da mulher brasileira é reconhecida internacionalmente há séculos.
Quando os primeiros colonizadores chegaram ao Rio de Janeiro, no século 16, a beleza das mulheres tupinambá era tal que deu origem à lenda de que as águas do rio Carioca eram milagrosas e fariam belas todas as mulhers que nelas se banhassem.
Imagino a decepção de algumas européias feiosas ( pelos retratos da época, eram feiosas na sua massacrante maioria, sabe-se lá por que razão) quando não conseguiram beleza igual por mais que se lavassem na puríssima água do rio, hoje quase desaparecido e de águas putrefactas nos poucos lugares por onde ainda corre.
Em 1930, Yolanda Pereira, representante do Brasil, ganhou um concurso internacional de beleza, que depois se chamou Miss Universo, e enlouqueceu o mundo. Não pela vitória, exatamente. Porque já Marta Rocha, eternizada como a mais bonita Miss Brasil de todos os tempos, perdeu o Miss Universo. Tinha duas polegadas a mais nos quadris e perdeu por isso. Mas ofuscou com seus olhos de turquesas, com charme e ginga a vencedora. Sua beleza iluminava tudo.
Na trilha de Gisele Bunschen, dezenas de brasileiras lindíssimas brilham agora nas passarelas do mundo.
Mas, esculturais, estão também nas praias, nas TVs. E rostinhos lindos se mostram até em meio a notícias de tragédias, como as enchentes de Santa Catarina. Louras deslumbrantes, mesmo no sofrimento e na perda, na falta de maquiagem, nos cabelos mal penteados, nos olhinhos cansados e vermelhos de chorar.
Elas estão em todos os lugares. A gente sabe. Mas ainda assim se surprende ao encontrá-las na pobreza, na falta de trato, mocinhas carregadas de filhos - maternidade precoce, na cara limpa, na pele sem cremes, nas roupas já tão usadas.
Como estas ribeirinhas que fotografei em São Romão, pequeno distrito de Minas Gerais, às margens do São Francisco.
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