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24 de out. de 2008

N-Opera Macbeth

Ou No-pera Macbeth, o moderníssimo teatro japonês

(Na foto, à direita, Rioko Aoki, Lady Macbeth)

O Japão vive um momento admirável de sua cultura. O pós-guerra impôs - como sempre acontece aos vencidos - uma devastação dos costumes e das tradições do país, e uma invasão da cultura ocidental, norteamericana principalmente, que parecia irreversível.

No entanto, uma contra-cultura já começava a se desenvolver, a partir dos anos 50 - quando surge, por exemplo, o Butô , devolvendo o país às suas riquíssimas tradições, recodificadas e sem se fechar à influência ocidental, com uma modernidade única e espantosa.

Nos últimos 50 anos, com a sua culinária e tecnologia, habilidade no desenho ( em HQs, animações cinematográficas, jogos eletrônicos), arquitetura, teatro, dança, veio revertendo o processo, que agora explode no mundo, trazendo novas formas de olhar a arte, a cultura e a vida.

Uma destas obras contundentes é o N-Opera Macbeth. A peça de Shakespeare, já
feita ópera por Verdi, ganha uma nova versão, baseada no tradicional Teatro No, que aqui se abre à participação feminina - ( no No, só os homens sobem ao palco, mesmo nos papéis femininos ) e de artistas britânicos - influenciada pelos diretores de cinema Akira Kurosawa e Yukio Ninagawa.. O espetáculo, da Company Izuru's (http://www.izuru-japan.net/), música de Akiko Asay, falado e cantado em japonês, iniciou sua carreira em 2004, em Tókio, depois Londres, e causou assombro no público, pela magia, radicalisade e linguagem inovadora, sem precedentes.

No Brasil há ainda pouco material sobre a N-Opera. Muitas páginas de Google a respeito ainda não podem ser abertas, porque encontram-se em tradução, mas há pelo menos um vídeo no Youtube, que não se deve perder.

N-Opera Macbeth no YOUTUBE
http://www.youtube.com/watch?v=gTwEk94l1zg
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